Mercado de contratações vem ficando mais complexo. Entenda o porquê:

Bruna Calegari
Gigloop Blog
Published in
2 min readJul 25, 2017

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Contratar um artista não é fácil. Desde a escolha com preço competitivo e alinhado com seu público, até problemas operacionais — como pagamento e logística pesam na hora de bater o martelo. Luiz Fernando Miller, diretor artístico do Anzuclub, um dos principais de clubs de música eletrônica do país, relata que o Brasil parece ser uma segunda opção para os artistas internacionais. “Esse ano de 2017 temos notado que o Brasil deixou de ser interessante para os DJs lá fora. Fazemos a oferta que eles querem, eles aceitam e nos enrolam meses, para depois cancelar em cima da hora. O contrato nunca vem”, afirmou.

O Anzuclub geralmente abre duas vezes por mês, e buscam contratar pelo menos um headliner internacional. Miller explica que teve vários cancelamentos esse ano — com nomes grandes como Deorro, Nick Romero, Paul Oakenfold, Shapov e Don Diablo. “Eles estão fazendo um leilão. Pegam as ofertas do Brasil, deixam guardadas e ficam esperando outras ofertas do mercado europeu, asiático e afins. Com isso perdemos muito tempo e quando nos avisam, ficamos sem tempo e opções para repor com uma atração a altura”.

Já Marcelo Beraldo, sócio do Grupo Vegas, um dos maiores grupos de entretenimento noturno de São Paulo, também comenta sobre essa dificuldade. “Em primeiro lugar, você tem que ter um bom contato e uma relação de confiança com os agentes internacionais. Se prometer algo, tem sempre que cumprir”.

O Grupo Vegas contrata pelo menos um artista internacional por mês e a parte burocrática também é uma pedra no sapato dos contratantes. “Conciliação de agendas, vistos de trabalho, explicar as leis brasileiras para os gringos, enviar dólares para fora legalmente, etc”, explica Beraldo.

Isso afeta não só um club, mas toda a agenda do artista no país, — que envolve outros clubs, festivais, agências — afinal eles vem para fazer pelo menos três gigs. “Realmente esta bem complicado e desmotivador contratar”, conclui Miller.

Se fosse mais fácil contratar headliners internacionais talvez teríamos um mercado mais aquecido, “Acredito que haveria outras pessoas contratando. Aumentaria a concorrência talvez”, diz Beraldo.

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